sexta-feira, 22 de janeiro de 2010

Amor de dentro - ou Não apalpável

Bem que poderia ter rosto,
mostrar-se, possuir corpo,
mesmo que esguio, magro ou acima do peso,
mas corpo que desse passos,
que andasse e seguisse noite a dentro,
dia a fora.
Bem que poderia se ver no espelho,
abraçar-me, afagar meus cabelos.
Poderia ter nome, dizer-me palavras doces,
sentaríamos à porta de casa nos fins de tarde,
conversaríamos banalidades,
frivolidades sobre os transeuntes e riríamos a beça.
Se estivesse triste, mesmo que por instantes,
faria-lhe cócegas para que mostrasse os dentes e arfasse um riso solto.
Mas esse amor não se fez,
não tem rosto, nem corpo,
não lhe dei nome, nem posso já que não o vejo,
de nada tenho de sua presença concreta,
mas o sinto queimando, pulsando dentro de mim.
Sinto como calor as vezes,
noutras como frio e encosto debaixo do cobertor.
Mas sempre sinto,
aqui nesse peito.

terça-feira, 19 de janeiro de 2010

Nenhum adágio apenas estado

Quando o estar se reconhece
Pairando sobre todo tempo
Uivos indefinidos do vento norte
Restaurando forças
Sobrevoando pensamentos
Sentidos cheios de sentimento
Não vejo nada
Estrelas num céu brando
O som marítimo constante
Não me toma nada
Nada me tira do eixo
Apenas fico nesse estado solto
Só eu e só
Contido nesta moldura mundo

terça-feira, 12 de janeiro de 2010

Riovermelharemos

Onde esteve meu norte?
No sul cativado,
leste de um oeste triste.
Resplandece uma alegria de sol, rio.
Rio de tudo quanto
Todo estado de sentimento.
Onde estaremos?
Ainda hoje riovermelharemos,
onde noite dia é,
onde dia escuro fica.
A poesia circunscrita
Extasiada e viva.
Onde rio e mar se encontram
Aquele mesmo lugar todo, largo,
Onde velhos
Onde novos
Onde rio, vermelho,
Onde estou, aqui estou.
Apaixonado.

segunda-feira, 4 de janeiro de 2010

Em mim o amor fez sua morada, só não consigo achá-lo nessa desordem.

Parte de mim - o que vira escrita...

Os que me olham, me sentem e me acomapanham

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