sábado, 24 de outubro de 2009

Prelúdio em sol do dia

Vem o dia de céu azul
Sabido do novo tempo
Entrego meus ouvidos ao piano
Prelúdio em doses, em escalas
Aquele veneno já não investe mais
Vento brando
Entre cristais e ametistas dependuradas
Tocando ao sabor
Notas do poema perfeito
Gotas de música
E eu queria sair por esse feixe
Passaria por entre ruas, becos, casas
Desceria em capricho aos sonhos
Entre o sono que desperta
Sopraria palavras ternas
Acalmaria os meus e os teus sentidos
Aninhava-me aos teus braços
Sorveria teu gosto dormido
Amaria os detalhes, o ressonar
Lágrimas cairiam por uma felicidade plena
Teu sorriso consentimento
A paixão se entrelaçando
Ao teu despertar lento e despreocupado
Ao puro desejo trazido durante o sono
a realização da entrega
As escalas se agitariam
Do suave a consumição
Dança deitada
Mãos que percorrem teclas, braços, pernas, sexo
Ouvidos apurados
Arrepios, deslizando notas
Brotando som
Entre sol, certo lá
E tudo raiando, jorrando
E eu não mais voltaria
Estaria sempre ao teu lado
Como música do dia

terça-feira, 13 de outubro de 2009

Se uma das partes não está inteira, não vale mais o todo.

quarta-feira, 7 de outubro de 2009

Um certo varal

De braços estendidos.
Portas abertas.
Coração tranquilo.
Espírito complacente.
Estou leve, solto...
Desatei os nós e os laços.
Folguei a gravata, sem cinto.
Sentindo, respirando.
Nada de entraves, suspiros, revolta.
Permitindo, permissivo, permitido.
Palavras poucas, ouvidos apurados.
Pés descalços, mãos de palmas para cima.
Tempo presente,
futuro compassado.
Música ambiente: jazz.
Tarde morna, noite agradável.
Recostado, a vontade.
Certo da espera,
sigo em liberdade.

Parte de mim - o que vira escrita...

Os que me olham, me sentem e me acomapanham

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