quarta-feira, 22 de abril de 2015

Evidências ou Peixe fora d’água

#Sobre todas os telhados das casas vizinhas e das outras todas desta cidade está escorrendo, sendo derramado em vértice-poema o choro da noite. Começou calmo, meio que sendo segurado, sei lá. Mas bastou o olhar mais direto da lua e tudo transbordou.
#Tenho a roupa limpa, acabara de tomar banho, passei aquela seiva que ganhei de aniversário, se não me engano, foi quando completei vinte e seis anos.
#O espelho está embaçado. Não. Todos os espelhos estão embaçados. Não consigo definir quem sou quando me olho. Muito mais que uma imagem invertida de mim. É como se estivesse derretendo do outro lado.
#Tapo a boca com a mão esquerda perante o espanto. Não vi nada demais, na verdade nada vi. É que o pensamento que me tomou foi tão inconsequente. Porque os pensamentos são assim, nos espantam e as vezes nos falas calar?

#Desnudado diante da guitarra espanhola, dancei livre, todos estavam ali, todos ouviam, mas só eu estava em pele, dançando. Alguém pareceu me notar, o olhar até tinha um ‘q’ de apreensão, como se quisesse me alertar. Mas eu sabia bem de mim. 

Parte de mim - o que vira escrita...

Os que me olham, me sentem e me acomapanham

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