sexta-feira, 6 de julho de 2012

Re[visitando]


Está inflamado.
Aquele órgão acelerado,
pulsando febre por todo corpo.
Tudo uma questão de estado,
Tudo uma questão de tempo,
Tudo uma questão de amor.
Sorvendo, fervendo, queimando.

Estive nas terras do rio. E eu ria tanto por estar lá. Voltei lá para me achar, para encontrar inspiração de vida, de palavras, de força maior que me mova para onde quero chegar. Divino e infernal. No papel com marca d'água free, escrevi o que transcorria dentro de mim, de meu sangue. Mas não ousei colocar tudo, apenas parte de um todo que corre solto, feito rio, feito vento, feito. E eu caibo dentro do improvável, sou o amor, sou a flor e o espinho também. Experiências que me transmutam, que me fazem fazer dos outros espelhos de melhoria íntima, sem ser abusivo, corrosivo, mas fazendo bem o bem. É fato o ato de se dar, de permitir que como os porcos espinhos no inverno ferrenho a gente se encoste e doe calor, doe amor, doe tudo que for bom. Voltei as terras do rio porque precisava mergulhar no lago, àquele que vive dentro de mim, mas que em certos lugares se torna mais límpido, de águas mais leves. Voltei porque precisava sair do eixo normal demais, do estado cheio de brumas e espumas salgadas. Fui. Voltei. Aqui estou, em casa, com asas, voando baixo, abaixo. Faites comme chez vous!

Parte de mim - o que vira escrita...

Os que me olham, me sentem e me acomapanham

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