quinta-feira, 10 de dezembro de 2009

Amor meu

Um abraço perfumado em minha querida prima Nazara.



Porque amar faz todo sentido, porque mesmo que o choro me invada como faz agora, eu mesmo estarei sempre acreditando que amar vale a pena, que meu coração baterá acelerado sempre que a paixão invadir minha alma, porque ser servo do amor é humano, é divino. Porque a saudade não mata o amor, apenas deixa dolorido, mas o amor é maior, é mais grandioso que tudo, que qualquer força, porque o amor é amor e tudo está contido.
Quando um dia chegar o ponto (se chegar) de eu esquecer quem amo, que me joguem no mar de braços amarrado e um peso nos pés. Quando eu não mais poder dizer eu te amo, que me olhe nos olhos e veja o que ele diz, quando minhas mãos não mais tiverem forças de tocar e afagar, que me decepem os braços e se tu tiveres dúvidas de meu amor constante e as vezes (involuntariamente) calado, lembra dos meus olhos caídos como os de um peixe e vê o que eles dizem.

domingo, 22 de novembro de 2009

Dragão da Proteção

Queimou arestas.
Mordeu minha insanidade voraz.
Bateu em meu corpo,
expulsou alguns demônios
e deixou outros necessários ao meu equilíbrio.
Levou-me num voo rasante
e fez com que eu enxergasse o feio e o belo.
Feriu meu ombro e fez o sangue escorrer,
salientou que era para meu bem,
depois cravou uma marca em cima do ferimento.
Não doeu, não chorei.
Acreditei, acredito.
Fez-se em mim
meu anjo dragão,
protetor do meu corpo, da minha mente
e da minha respiração.

segunda-feira, 2 de novembro de 2009

Coação

Querem me prender.
Querem possuir o meu tempo.
Querem abafar meu grito,
trancar-me em casa,
querem destituir minha tranquilidade,
acordar meu sono,
fazem com que eu tropece,
que eu amoleça,
querem amarrar minhas mãos,
não permitem que eu veja,
quando falo não sou escutado,
querem me punir de algo,
dizem que sou culpado,
que sou um agitador,
que não tenho direito algum sobre sentimento qualquer,
que não posso sentir nem raiva e nem ódio,
não tenho direito de resposta, de defesa, de nada.
Querem que eu fique vivo, que eu sofra, que veja o amor morrer.
Mas eu resisto, eu luto, debato-me, esperneio,
porque o meu direito de sentir, de viver, esse ninguém pode tirar.

sábado, 24 de outubro de 2009

Prelúdio em sol do dia

Vem o dia de céu azul
Sabido do novo tempo
Entrego meus ouvidos ao piano
Prelúdio em doses, em escalas
Aquele veneno já não investe mais
Vento brando
Entre cristais e ametistas dependuradas
Tocando ao sabor
Notas do poema perfeito
Gotas de música
E eu queria sair por esse feixe
Passaria por entre ruas, becos, casas
Desceria em capricho aos sonhos
Entre o sono que desperta
Sopraria palavras ternas
Acalmaria os meus e os teus sentidos
Aninhava-me aos teus braços
Sorveria teu gosto dormido
Amaria os detalhes, o ressonar
Lágrimas cairiam por uma felicidade plena
Teu sorriso consentimento
A paixão se entrelaçando
Ao teu despertar lento e despreocupado
Ao puro desejo trazido durante o sono
a realização da entrega
As escalas se agitariam
Do suave a consumição
Dança deitada
Mãos que percorrem teclas, braços, pernas, sexo
Ouvidos apurados
Arrepios, deslizando notas
Brotando som
Entre sol, certo lá
E tudo raiando, jorrando
E eu não mais voltaria
Estaria sempre ao teu lado
Como música do dia

terça-feira, 13 de outubro de 2009

Se uma das partes não está inteira, não vale mais o todo.

quarta-feira, 7 de outubro de 2009

Um certo varal

De braços estendidos.
Portas abertas.
Coração tranquilo.
Espírito complacente.
Estou leve, solto...
Desatei os nós e os laços.
Folguei a gravata, sem cinto.
Sentindo, respirando.
Nada de entraves, suspiros, revolta.
Permitindo, permissivo, permitido.
Palavras poucas, ouvidos apurados.
Pés descalços, mãos de palmas para cima.
Tempo presente,
futuro compassado.
Música ambiente: jazz.
Tarde morna, noite agradável.
Recostado, a vontade.
Certo da espera,
sigo em liberdade.

terça-feira, 22 de setembro de 2009

Bienal, Antologia Beco do Crime, Beto Canales



Bom,




ando meio sumido dos blogues e Internet, porque meu computador anda tendo chiliques... isso é muito chato, mas muito chato mesmo. Mas creio que resolvo esse problema nos próximos dias.






Bom,




o jovem mancebo que vos escreve, teve a honra de voar pela primeira vez e para o Rio de Janeiro, (Tive o prazer de ter Maria Bethânia no mesmo voo) e mais ainda, para participar do lançamento da Antologia Beco do Crime, organizado pelo André Esteves (Gente finíssima) do site Beco do Crime e pelo Frodo Oliveira (Uma figura ímpar) da editora Multifoco. Gente, muita emoção, muita realização e sei-quero-espero-acredito que seja só o início de muito mais. Lá na Bienal, onde o livro foi lançado, pude conhecer pessoas extraordinárias, dentre elas, destaco um escritor, o Beto Canales, que além de participar da Antologia do Beco, também publicou seu livro solo: A vida que não vivi (Ver capa logo abaixo). Esse cara, que eu tive o prazer de sentar num boteco na Lapa e tomar alguns chopps, gente, esse cara, tem muito o que contribuir com a literatura, enfim, como costumo dizer: só tenho flores para jogar. E claro, não só comprei o livro dele, como estou lendo e claro, INDICO SEM MEDO DE ERRAR.











sábado, 12 de setembro de 2009

canto do olho

Escaldando, moendo, gemendo,
partiu-se àquela corda,
voou pedaços de tudo,
coisas tantas esquecidas, outras largadas.
O inverno esquentou.
Sabe o final de tudo?
Eu não sei,
quem saberá?
Foi-se.
Perdeu-se.

sábado, 5 de setembro de 2009

Beirut - melhor ouvir o CD

Não gosto de usar esse espaço para falar de alguém ou de alguma coisa, mas preciso falar do show da banda americana Beirut, que tocou ontém aqui em Salvador e fará show do rio de Janeiro esses próximos dias. Bom, eu estava realmente ancioso para assistir ao show, pelo fato de gostar muito do som deles e também por se tratar da primeira vez deles no Brasil. O preimeiro descontentamento se deu por causa dos ingressos - o Show da banda se deu no Percpan - Panorama Percussivo Mundial. Mal começou a divulgar o evento, fui comprar os ingressos, e claro, não havia um sequer, pois os cambistas (Odeio todos eles) compraram em grande quantodade e não sobrou para os espctadores. Só para se ter noção, o ingresso custava na bilheteria a meia entrada R$ 15,00, os malditos cambistas estavam vendendo a R$ 60,00 no dia do show. Bom, consegui ganhar um, lá na fila Z11 - 54, ou seja, no fim do fim. Tudo bem, afinal eu iria assistir a um dos show mais esperados por esse jovem mancebo aqui. Mas o que acontece meus caros, é que o vocalista da Banda, simplesmente resolveu beber mais do que podia e não fez um bom show. A banda compensa pelos sopros, pela musicalidade, mas o cara simplesmente não cantou nada. Que chateação! Que merda. Agora tenho de me contentar com as gravações mesmo, pois ao vivo foi uma decepção.

segunda-feira, 31 de agosto de 2009

Revolta

Decomposto o largo e experimentado o olhar,
sigo em contralto, disparando contra o som do silêncio
e do abismo que me separa de quem amo.

domingo, 23 de agosto de 2009

Boa tarde

Quero ver teu sono, teu pranto, teu sorriso.

Amálgama minha, deleita-se, deita-se sobre meu corpo,

estarrece-me em gozo, unta-me com teu suor,

deixa-me saborear a força que emana do teu peito,

prende-se aos meus pêlos, aninhando-se em meus braços.

Brigando vou com o vento que lambe o teu rosto.

Brisa leve que uiva em meus ouvidos,

sussurrando-me palavras ternas e doces.

Amo tua voz, teus lábios, tua sinceridade constante.

Louvo-te sempre, acalenta-me todo, valorizo nossos segundos,

vivo-te agora, quero-te ao longo do saborear, do prazer recíproco.

Vou-te sempre e quando não houver mais amor carnal,

seremos almas amigas, contemplação.

terça-feira, 18 de agosto de 2009

amor tempo

Todo o tempo do mundo.

O amor de todo.

Adiante Passado

Veloz Constante

Cortante Charmoso

Análogo Viajante

Viciado Vigoroso

Relutante Conjugado

Individual Cego

Coeso Incompreendido

Permissivo Carregado

Vazio Dormente

Curativo Abrasivo

Latente Inteiro

Todo amor do mundo.

O tempo todo.

segunda-feira, 10 de agosto de 2009

Contemplação

O seu beijo me marcou profundo.

Eu não esperava que você me beijasse...

Mas me entreguei sem medo, me cedi.

Doei-me ao doce desejo puro.

Todo o meu consentimento reduzido a um beijo teu.

Uma frase tu me disseste e estremeci, senti-me quente.

Tão verdadeiras as minhas palavras que te falei aos olhos límpidos.

Deixo-me ao teu tempo, preservo e respeito o teu próprio peito,

que afagou as minhas costas.

As tuas mãos adormecem-me a pele.

O cheiro que de ti exala enaltece-me,

sugere-me próprio odor de madeira áurea.

Manso o teu jeito de me dizer que te olho sem parar.

Mas teus olhos me encantam, luz que brilha, ilumina e não ofusca.

Ressalvo-te imensa agonia livre das horas que fico sem ti,

que sonho incessantemente em ter novamente o teu olhar junto ao meu.

Quiseras tu, mesmo depois do teu tempo, estar junto a mim.

Quero assim realizar meu sonho,

num tempo hábil de nós dois,

ter o teu beijo pleno, porque pouco tive,

e já me vi feliz, imagino o mais.

segunda-feira, 3 de agosto de 2009

Furtivo Encontro

Passou por si, virou-se em mim,

mergulhou no íntimo e foi-se.

Vasculhou meu olhar, não satisfeito...

Tocou-me profundamente e esperou reação...

Não tive saída, suspirei devagar,

olhei nos olhos e nada pude falar,

arrancando-me um beijo demorado,

Fez meu coração em muito palpitar

e o degelo do meu corpo quente em suor.

Voltando a fitar minha íris...

Em mim sorriso consentimento lapidou-se: veneração.

Entreguei-me ao jeito seu de ser.

Abri-me ao desejo pleno, permiti.

Meus pensamentos devaneios tornaram-se compreendidos.

E vesti-me com seu corpo e a geleira não derretia só em mim.

O meu mergulho em sua alma adentrou.

Tocando e vendo nos postos de visão,

o seu desejo rápido e duradouro.

O meu tempo se fez inerte às suas horas,

e nossos corações ritmaram juntos,

no espasmo desse instante,

tão furtivo encontro de prazeres.

domingo, 26 de julho de 2009

Energético

*Estou com Deus e as roupas e armas de Jorge.


Por todos os cantos do mundo.
Por este céu.
Pelos caminhos que um dia busquei e hoje sigo.
Por aquelas canções que eu cantei batendo no peito.
Pelas cachaças da vida em que chorei as adversidades.
Eu não permito me abater.
Porque eu sou mais eu.
E minha energia emana, boa.

sábado, 18 de julho de 2009

Paralelas

"... Em cada luz de mércurio, vejo a luz do teu olhar, passam praças,viadutos e não te lembras de voltar..."
Sabe aquele espaço que existe entre tudo?

Entre eu e você ele paira entre o real e desumano.

Não creio que seja para ser assim.

Na verdade, penso que isso só está assim porque...

Queremos

Deixamos

Permitimos

Não damos o passo necessário para mudar.

Vamos alterar as coisas?

Vamos em frente?

Precisamos compactuar

Nos entregar

E sabe o que acontecerá com aquele espaço entre nós dois?

Será reduzido, dizimado, evaporado.

Estaremos juntos, colados, abraçados.

Então?

Vamos?

sábado, 11 de julho de 2009

disposto

Um tanto de palavras se perderam no caminho.
Eu quis dizer, quis pronunciar verdades, carinhos.
Peguei papel, caneta, tentei escrever, mas não vinham.
Então abracei, encostei meu corpo, e deixei que minh'alma falasse.

segunda-feira, 6 de julho de 2009

Antologia Beco do Crime

Pois pois, hoje recebi uma extraordinária notícia: um conto meu foi selecionado para entrar no livro Antologia Beco do Crime - O melhor da Literatura Policial, uma realização do site Beco do Crime e que será lançado pela Editora Multifoco. Nossa, estou muito feliz, mas muito feliz mesmo. Aí está a relação de contos e seus respectivos autores selecionados:

A Janela do Segundo Andar

Kássia M.

A Morte é Cinza

Alexandre Coslei

A Terceira Lei

Josué de Oliveira

Até Logo, até Breve

Alexandre Gazineo

Balas ao Luar

Oscar Bessi

Benfeitor

Plínio Gomes

Cinzas

Márcio Renato Bordin

Como se Fosse da Família

Marcos Almeida

Condenado

Renato Cassaro

Impasse do Desejo

Vanise Macedo Maria

Laica

Fabiane Guimarães

Livre Arbítrio

Beto Guimarães

Na Mente do Psicopata

Yubertson Miranda

O Amor por Ester

Raphael Montes

O Desafogo do Aprendiz

L. C. Lima

Parceiros

Giselle Sato

Pesadelos

Cisticerco

Quem Matou o Tio Quim

Valdeci Garcia

Replicante

Denise Ravizzoni

Sociedade

Danilo Faria

Surto

Beto Canales

Viuvez

Paulo Mota

Grande abraço a todos que andam por aqui.

sábado, 4 de julho de 2009

Frivolidades

Pedaços de céu sobre minha cama.
Coisas tantas estão à nossa frente.
Basta observar, apalpar.
Beijinhos, toques despretensiosos ou não.
Um vento calmo rondando meus pensamentos.
O dia por si só passa e basta.
Porque eu ciente de tudo: vivo.
Uma xícara de café instantâneo com leite.
O despertar morno, devagar.
A noite se debruça e foge.
Aquele olhar que diz.
O sorriso cheio de certeza.
Sem marcações, ensaios ou rascunhos.
O leve passo que marca.
o caminhar junto.
O largar dos corpos.
E o céu se cai em sonho, em realidade.

sábado, 27 de junho de 2009

Mel, conhaque e desejo

Embebedado de ti, escorro.

Passo não passo e rio contente.

Palavras ousadas pronunciadas ao pé do ouvido

e derreto, espanto os pelos do corpo.

Tua mão esquerda sobre meus cabelos

e a outra desliza leve indagando minhas partes.

Tua língua molhada e quente fala à minha pele,

teus dentes maltratam divinamente

Tu me sorve, me condensa,

me faz livre.

sábado, 20 de junho de 2009

Pululantes

Torrentes de desejos estavam circulando por ali. Existia uma vontade maior que a própria razão. Mas ainda não haviam chegado às vias de fato. Por enquanto, entre goles de uísque e azuis baforadas de cigarros, apenas algumas conversas, amenidades do dia-a-dia de suas vidas. Mas a qualquer momento haveria um estouro, uma concentração tamanha de hormônios, que faria a lava explodir e escorrer para fora dos dois. A carne sedenta de contato, a boca salivando, os olhares em brilho. As palavras em demora de sair, as células querendo toques, o cérebro emanando mais ordens. Qualquer vacilo causará a mais bela das guerras. A mais divertida derrota. O maior e mais gostoso sabor de vitória. Pólvora mandando pelos ares suor e saliva. Mãos perdendo-se entre pernas, braços, barrigas, seios e costas. A qualquer momento...

domingo, 14 de junho de 2009

Uma imagem viva

Enquanto tomo uma xícara de café e olho pela janela.
Um sentimento esperançoso vindo com o vento.
Existia um olhar dentro do nada. Não, não era dentro do nada, não era o nada, era um contexto fluido de qualquer coisa, de incompreensão minha, por isso disse o nada. Então eu observei, porque aquele olhar realmente me fez indagar tanta coisa, tantos mistérios ocultos, que eu simplesmente observava. A imobilidade do corpo e mesmo assim, sua constante expressão de vida, de leveza. A senhora depois de um tempo acendeu um cigarro. E fumou. Mas fumou com uma vontade e paciência, que me orgulhei de ver. Aquilo mexeu comigo, mas mexeu tanto, que acendi um cigarro também. Enquanto ela fumava de lá, paciente, lânguida, eu fumava de cá, observador. Ela riu quando um cachorro passou. Ela fitou o sabiá que cantava no poste defronte de sua casa. Ela tragava, demorava um pouco e soltava aquela fumaça. E eu besta, olhando-a, crente na sua severidade, na sua insensatez. Via naquela senhora uma vida inteira vivida de forma feliz. Não sei porque, mas era a impressão que ela me passava. Uma criança passou, ela falou algo que não deu para ouvir daqui, mas a criança sorriu e depois correu. Aquela mulher tinha algo mágico, algo que me prendeu. Quando ela terminou seu cigarro, pegou a vassoura encostada na mureta e começou a varrer. Deu as costas para o mundo e para mim. Demorei mais um tanto observando-a. Mas eu já não cabia mais em sua vida, não pertencia mais ao seu mundo, não podia mais estar em sua fluidez de alguma coisa. Algo se quebrou ou eu me perdi. Mas pude ser simples o suficiente para observar o simples.

segunda-feira, 8 de junho de 2009

Sonho de primavera

O sol mais forte. Nos varais, brancos panos a reluzir. Um sentimento de limpeza se instaura dentro de mim. Cheiro de terra que se molhou propositadamente. As flores das laranjeiras gracejam e exalam perfume ímpar. Nada de novo nesta minha vida, mas tudo é paz e isso me conforta. À noite estarei cansado, mas receberei a taciturna de forma mais clara, escreverei mais, apreciarei um bom livro. Tomarei um café mais forte. Talvez apareça alguma visita, mas quem sabe não apareça ninguém. Mas estarei comigo e isto me basta. Amanhã acordarei mais tarde e tudo será como sonho de primavera. Muita cor, muita felicidade estonteante. Nada me exaspera. Tudo me reporta ao belo. Apenas eu. Sem nada demais nem de menos. Um tempo inteiro sem pressa. Tudo no seu devido lugar.

domingo, 31 de maio de 2009

Assim

Como a primeira vez.
Como o novo.
Prazer em se ouvir a voz.
Medo de se aproximar.
E vem uma vontade enorme de ver.
E a música que ouço sem parar diz:
"... sonhando com você, sonhando em te rever...".
E vivo nesta busca incessante por você,
para te mostrar o quanto te gosto,
o quanto te entendo e necessito
e o quanto posso te fazer bem.
Inconstante o tempo passa me minha mente:
penso em você ou penso em você?

Dubialidade mesma, sempre. E quando você diz: "Alô!" - eu pareço querer saltitar de emoção e quando você diz: "um cheiro" - daquela forma que só você sabe dizer, eu sinto com toda tensão e felicidade que é você que eu quero, que gosto, sem buscar mais explicações. E continuo na música: "... quando voê não está aqui é sempre noite sem luar, pra mim..."
*
*
*
*
Citação da música "Quando você não está aqui" de herbert Vianna e Paulo Sérgio Valle.

segunda-feira, 25 de maio de 2009

Desejo

Ações que invadem o corpo.

Pensamentos que transmutam o pensar.

Palavras que saltam à boca.

Olhar que perfura paredes.

Sonho que paira o real.

Riso que sossega o íntimo.

Língua que atenta o beijar.

Conversa que instiga declarar.

Distância que almeja aproximar.

Nome de pronúncia, soletrar.

Noite que se finda clara.

Dia permanece a se ver.

Sono para sempre estar.

Cigarros para ver tragar,

chance de a sós ficar.

Tempo curto só prolongar.

Silêncio tolo para confundir.

Perguntas para sem resposta ficar.

Assim sempre o ir até o voltar.

terça-feira, 19 de maio de 2009

Eu e os cinco

Sempre fui anunciada por eles como a menina de voz forte e marcante. Em cada apresentação um deles se encarregava de lançar meu nome depois dessa maldita frase. Ruy, Pedro, Luiz, Carlos e Armando. Eles tocavam um blues e um jazz muito peculiar, cheio de ginga, que se ouvíssemos de longe e nesse momento fechássemos os olhos, pensaríamos estar num casebre transformado em bar num certo bairro norte-americano, com muita fumaça de cigarros e muitos negros dentro desse local. Assim os ouvi da primeira vez e nesse mesmo dia pedi-lhes durante o intervalo que me deixassem cantar uma música na segunda parte da apresentação. Depois de se entreolharem me permitiram receosos, afinal não sabiam quem eu era; de onde eu vinha. Subi ao pequeno palco de cimento que ficava no canto do bar e cantei lindamente, sem modéstia nenhuma, a canção Sophisticated Lady que a Billie Holiday interpretou extraordinariamente, e a cada frase que soltava mais as bocas deles se abriam, os poucos expectadores começaram a prestar atenção no quinteto e naquela menina, e eu, ardia em pleno palco. Cantava com todo meu útero, queria deixá-los sem fôlego, sem chão, não foi à toa que os aplausos foram convincentes ao fim da musica. Fui ao bar, pedi uma dose de gim tônica e acendi um cigarro. Algumas pessoas vieram me cumprimentar e eu sentia todos os cinco me olhando lá do palco, tocavam lindamente tentando me fazer prestar atenção, solavam, mas eu nem lhes dava bola. Foi assim que nos conhecemos...

Para continuar lendo o conto ir para o blog: Plínio Gomes

segunda-feira, 18 de maio de 2009

O amor

O principio de tudo. De onde partem as águas que encharcam os vales e os ventos lambem a relva e com os açoites levam as sementes que florescerão em outros lugares ao raiar do sol. Não acreditando nos descompassos da vida, chega o momento de nascer, a mágica sensação de ver brotar, encontrar a luz. Metaforicamente, o amor assim surge. Com o olhar que quebra as cascas do sentimento, o beijo que faz enraizar, os toques que firmam ainda mais a plantinha e o convívio, que aumenta o tamanho, desenvolve os brotos de flores, que dá lugar aos frutos de carinho, de mais amor. A primazia da natureza não se contradiz e mesmo que ervas daninhas surjam ou foices venham lhe cortar as hastes, sempre de rebrotar, reviver o amor.

quinta-feira, 14 de maio de 2009

Outros espaços

Deixando de lado a presunção, que não tenho mesmo, quero apresentar para vocês, que volta e meia me lêem os meus espaços. Além do Zingador que aqui está, tenho em parceria com minha irmã Danielle Freitas o Universo de Retalhos, que é um lugar de poesia e textos livres voltados para o sentir, assim como o zingador.
E agora, tenho um novo espaço, o blog do Plínio Gomes, onde estarei publicando contos diversos e principalmente contos de assassinos, contos policiais e afins.
Já havia escrito alguns contos, mas nunca no estilo policial, de assassinatos e mortes, mas graças ao amigo Afobório, que me despertou para esse caminho, está aí uma nova faceta desse jovem aqui.
Então, meus caros, aí estão os espaços, agora vocês já sabem o caminho.
Abraços Perfumados!

sexta-feira, 8 de maio de 2009

Sentir

O medo de ser deixado,
torna mais fácil deixarmos primeiro.
***
É preciso lavar, estender, quarar. Porque não é só o sentimento que importa, mas sim o sentir. Desse vulcão que somos nós, tudo que queima, arde, se expande, irriga, respira, ejeta, não é o sentimento em si, mas a mola propulsora, o desatino, o sorver, enraizar, o brotar do sentir.
Pare diante do espelho e pense em um sentimento pro e simples. A feição provavelmente não será alterada. Mas se lembrarmos de algo vivido, sentido, que esteja encharcado, incrustado, chorado, sorrido, certamente algo lindo e esplendoroso irá aparecer sobre a face que se vê espelhada.
O sentir é o que nos faz viver, seguir em frente, pensar, falar, observar, comer, beber, fazer amor. O sentir é a alma, e o coração, é a razão. O sentir é pleno, enquanto o sentimento, ah! O sentimento é só o sentimento, a palavra.

quinta-feira, 7 de maio de 2009

Ali adiante

Vasta imensidão que se põe a frente de meus olhos.
Os caminhos parecem mais certos, ou pelo menos, não tão tortuosos.
As ideias estão salpicando em minha cabeça.
Um sorriso quieto no canto de minha boca.
A certeza de mais tranquilidade futura.
Nada de afobação, toda a paz enchendo meus pulmões.
Voltei a fazer coisas que me dão extremo prazer.
Quão importante palavras certas, na hora certa!
Renovando a pele, o espírito, o brilho no olhar.
Zingador - vencendo a correnteza.

segunda-feira, 4 de maio de 2009

O amor e a saudade.

Um beijo leve e adocicado na lembrança.
Um tapa forte na cabeça da tranquilidade.
Um virar de costas ao choro dos outros.
Um abraço apertado e confortante nos meus sentimentos.
*****
Engraçado o tempo! A gente se acostuma com tanta coisa, com os sofrimentos, com as agonias, com os medos, com as chacinas, as filas nos hospitais, as mortes na favela, acostumamos com tudo, mesmo que não percebamos, sempre acabamos nos acostumando a tudo. O tempo faz as feridas ficarem menos abertas, as vezes até esquecemos por instantes, horas ou dias. Mas me peguei pensando na saudade que tenho, que sinto, que horas está agonizante, horas calma, mas sempre a mesma saudade. Tento não ficar triste, não chorar, mas são anos segurando um choro, segurando um grito, uma loucura qualquer que brote fácil e saia de mim, como suor, como lágrima ou como uma voz mesmo, ecoada, largada, cortante. É assim, justamente assim que me sinto, envazado, polido, mastigado pelo ranger dos dentes de outros, lavado pelo choro dos outros, o forte as vistas de outros tantos. Cansei. Segurei-me por todo esse tempo. Mas agora não dá mais, agora é meu tempo de estourar, de soltar, jogar e jorrar essa lava que queimou e queima dentro de mim. Preciso de espaço, de tempo, de mim mesmo, de amor e de sentir essa saudade como ela é: minha. Não com o também, mas minha saudade. Porque meu chão se abriu e engoliu parte de mim, soterrou meu norte, minha fuga, meu horizonte. Entendo muito as diversas razões do partir, mas sinto falta, sinto saudade desse amor que me lançou nos braços do mundo, sinto saudade de sua vivacidade, de suas viagens musicadas, de seus sonhos não realizados e escondidos no fundo de si. Sinto saudade de mim, porque me fui junto, porque deixei de ser parte de mim quando o chão se abriu e me consumiu e me decepou os pensamentos, as pernas, os braços e os sentidos todos. O amor e a saudade são inseparáveis, porque um dia o amor se vai para longe e nos resta a bendita saudade, aquela que faz-nos esquecer as partes ruins do todo e sempre sorrir de saudade das coisas boas. Mas a minha saudade é completa, porque muito segurei dentro de mim o que sentia, mas agora explodo em dizer que sinto saudade de tudo, dos castigos, das surras, das brigas, dos abraços, das partidas de buraco, dos cigarros fumados juntos, das idas a roça, de tudo minha mãe eu sinto saudade em você, das faxinas de sábado, dos discos de Barbra, Bernard, Piaf, Enya, de tudo em você eu sinto falta, da forma como me pareço contigo, dos mistérios ocultos no seu olhar e da clareza deles em me dizer outras tantas coisas. Sinto saudade das nossas ultimas conversas, das quais eu poderia ter-lhe dito mais e mais coisas, inclusive que eu te amava e te amo, porque o tempo pode me levar tudo, mas jamais me levará esse sentimento inteiro e completo de saudade de amar você presente, ausente e futuramente dentro de mim. Desculpe-me pelo filho que fui e sou, mas sou quem sou porque sempre acreditei na liberdade de ser, de estar, viver o mundo que eu sempre ouvi você falar e cantar. Sabe, quando ouço certas musicas lembro-me claramente das lágrimas que corriam de seus olhos, do sorriso de canto de boca. Lembro de tantas coisas. Lembro-me de ti. Sempre.
Um grande beijo de filho que aqui ficou, desse que lhe ama muito.

sábado, 2 de maio de 2009

Corei

- Vira a cabeça, solta o pensamento e espera que o vento leve.
- Como um sorriso que eu solto?
- É e o vento leva.
- Mas será que chega lá?
- Chega e ainda vai sentir o beijo.
- Que beijo?
- Aquele que você pensou.
- E como você sabe?
- Só de olhar pra você deu pra perceber.

sexta-feira, 1 de maio de 2009

Constante

Quero ver seu sorriso novamente.
Quero ver seu sorriso.
Quero ver seu.
Quero ver.
Quero.
Quero você ao meu lado.
Sua boca em minha boca.
Seu cheiro inebriante.
Sua agonia.
Sua calma.
Quero novamente.
Novamente quero.

quinta-feira, 30 de abril de 2009

02 anos do Zingador







Hoje é um grande dia. Dois anos do Zingador! Fico muito feliz em poder dividir meus pensamentos e devaneios com vocês. Quem já andou por aqui esses dias viu que o espaço ganhou uma cara nova. E teremos mais algumas novidades ao longo do tempo. É o início do Ano 03. Três é um bom número, de trio, triângulo, triscle. E para começar deveras esse novo tempo, primeiramente quero dar um abraço perfumado nos blogueiros que me visitam sempre, que deixaram comentários, que me auxiliaram a pensar sobre o que eu escrevi e claro, que escreveram lindamente em seus blog, me fazendo ver poesias, pensamentos, textos, de sensibilidades vastas.

Poderia falar de vários blogs e pessoas, mas não consegui fazer todas as homenagens que pensei em fazer. Mas saibam que todos que leio, no tempo que consigo ter, são muito especiais para esse menino aqui.

E para fechar um pouco as recordações, tem uma definição da minha pessoa, sob o olhar clínico do próprio poeta aqui.

"Vejam só

O nada de vez em quando ressurge. O belo tantas vezes está a nossa cara. O mágico é saber perdoar. O perfeito é ver além das aparências. O grotesco é a deslealdade. A paixão é algo que embebeda fácil. O ciúme é um vício desnecessário. O amor é o vento que tem de soprar sempre. A lágrima é o que tem de ser jogado pra fora do corpo (nem sempre por fazer mal). A vida é a bênção. O tesouro é o respeito. A verdade é a semente que sempre germina. A mentira é o machado que golpeia. A felicidade é um órgão do nosso organismo. A amizade é o berço de toda civilização. O dinheiro é uma encruzilhada. A família é um condutor de energia. O beijo, ah o beijo, um toque simples que estremece a alma. O olhar é o espelho onde vemos a alma estremecer depois de beijar. É incrível! Mágico! Tantas serpentes soltas, tanto sol raiando, tanta terra pra andar ainda, tanto amor pra dar, quantos amigos sem eu dar atenção, mas tendo todos no coração, quanta roda viva de Chico a girar, Bethânia a cantar em falsete e eu, não menos feliz, sozinho nesse mundo de meu Deus, sabendo de todos os pormenores, sendo eu mesmo, nítido em tudo que faço. Deixo onde passo a marca de meu sorriso e se me ver chorar, certamente devo estar saudoso, feliz, recitando um poema, mas jamais amargo, isso não sou, não quero ser e não serei, mas doce demais enjoa. Quanta bênção a pedir, cheiro na cabeça de minhas avós, comida boa pra degustar... Eu vivi todo esse tempo, mas quero muito mais, zingador, dentro do rio que está no mar. A miragem habita e levita à frente de meus olhos... Necessito, almejo, vejo e ouço o toque desta à ponta de meu nariz. Clareio, danço e interveio como gota de chuva acertada dentro do olho esquerdo quando se voltava para cima à esquerda na tentativa de lembrar costumeiras coisas que acontecem e passam despercebidas. Não andava tão preso aos detalhes, mas sinto que devo estar sempre, observando as costuras e as entrelinhas, a fim de ponderar melhor sobre casos, pensamentos e pessoas. Estou vivo, não se esqueçam disso, pois eu vivo pra viver. Se eu sabia que devia ir por algum caminho e não fui é porque às vezes teimo em ir por lugares mais difíceis... Mas de uma coisa eu tenho certeza que devo fazer e faço: viver, além de amar, me apaixonar a cada dia mais por tudo que faço, vivo, tenho, sou. Estou trocando de pele, soltando os fantasmas para a luz... [re] nascendo, [re] criando, vivendo os novos tempos de mim, as novas vertentes que hão de perdurar, muito de mim vai ficar, já ficou, vem ficando... Estou cultivando meu jardim, arrancando ervas daninhas... Indo em frente... Quem quiser me ver, que veja... Quem quiser me olhar, que me olhe... Quem quiser me ter... Que tenha. Mas saibam, eu sempre serei quem sou, porque amo ser Plínio Gomes."



Obrigado a vocês e um grande e carinhoso abraço perfumado.

terça-feira, 28 de abril de 2009

reveRSO

Lavei minhas mãos. Cheguei da rua com a sensação das mãos estarem sujas.
Eu não queria crer em nada, apenas viver, apenas ser.
Comprei uma revista pela sua capa, acabei encontrando assuntos que me interessavam.
Tomei uma limonada suíça, divaguei sobre alguns pensamentos, os afastei, esqueci, depois eles voltaram, porque eles sempre voltam.
Olhei em volta de mim e me vi, somente eu importava ali. Não era egoísmo. Apenas era eu, precisava disso, de mim.
Lembrei de alguns poemas, imaginei os momentos em que eles foram construídos.
Mas o que eu não queria pensar mesmo era na dormência que iria me acometer, no desejo.
Esperava ter ações diferentes, ter dito outras coisas.
Mas depois de tudo fiquei confuso.
Entrei numa sinergia que me deixou sem chão.
Não sei o que pensar, porque ao fazer isso, sinto meu sangue correr por cada milímetro de minhas veias.
Gosto de ter a exata noção de como agir, do que dizer, não sei, acho que só o tempo mesmo.
No meio de tudo isso, não consigo não pensar.

sábado, 25 de abril de 2009

[RE] lendo. Sentimento que volta.

Tenho um apreço sem tamanho para com algumas línguas estrangeiras, mas principalmente com o francês e o espanhol. Acho-as atraentes, sexy, romanticas. E hoje trago uma poesia, que publiquei há um tempo, mas sem ser maldoso com tudo o mais que escrevi, acho uma das mais belas. Meu gosto mesmo. risos. Hoje nã haverá homenagem, porque estou preparando algo especial. Aqui vai então:


Posso / Je peux


Posso até querer mais
Je veux peut-être même plus
Depende da forma que você me olhar
Ça dépend de la façon dont vous regardez-moi
Posso ir mais além
Je peux aller plus loin
Caso você me toque
Si vous touchez-moi
Posso falar mais sobre mim
Je peux parler plus sur moi
Se suas indagações forem condizentes
Si vos questions sont cohérentes
Posso beijar mais sua boca
Je peut baiser votre bouche plus
Se você corresponder aos beijos meus
Si vous répondez à mes baisers
Posso ouvir mais você
Je peux vous entendre plus
Caso você queira falar
Si vous voulez parler
Posso ficar ao seu lado calado
Je peux rester de son côté sans rien dire
Se seu silêncio for de consentimento
Si votre silence, c'est le consentement
Posso escrever mais poesias
Je peux écrire plus de poésie
Se sua paixão me ferver
Si votre passion bouillir
Posso derreter-me em seus braços
Je peux me fondre dans vos bras
Tão aconchegante for seu entrelaçar
Alors confortable est votre inter twist
Posso me apaixonar
Je peux aimer
Posso amar
J'aime
Posso fazer declarações de amor
Je peux faire des déclarations d'amour
Posso passar noites, noites e dias com você
Je peux passer des soirées, des nuits et des jours avec vous
Você só precisa permitir.
Vous ne devez que m’ autoriser.


Tradução do português para o fracês: Carolina Lopes

quarta-feira, 22 de abril de 2009

|Leia - veja o novo *3 - Zingador e Sabe de uma coisa?

Dando continuidade à comemoração aos dois anos do Zingador que se dará no dia 30 próximo, onde, intercalando entre novos textos e poesias, estarei republicando textos do passado daqui mesmo do blog. Bem como farei algumas homenagens há uns blogueiros que tocaram meu coração e fazem-me ler mais e mais. Desde já dou um abraço perfumado bem apertado aos que me acompanham, aos que me lêem e quero vocês por aqui sempre.
**
O texto do passado e sempre novo é:
***

Tenha-me

***
Entre logo quando chegar.
Feche a porta após passar por ela.
Não fale nada, não gesticule, apenas me beije.
Me tome aos seus braços, me deixe sentir seu corpo, seu calor, seu pulsar junto ao meu peito.
Assim, falarás ao meu ouvido, olharás nos meus olhos.
Podes me ter, estou aqui, entregue.
Amando.

*****


E a homenagem de hoje é para:

**********

Flávia Brito - Sabe de uma coisa?

****

Sensibilidade é algo que muitos têm, mas a Flávia tem demais. Sinto-me feliz em tê-la achado pelo mundo blogueiro, lendo-a percebo o quanto é possível sentir, amar, se emocionar. A sua forma de ver as coisas, o mundo, as pessoas. Até onde sei, percebo-a extremamente guerreira, disposta a enfrentar mudanças e fatos. As vezes fico pensando como deverá ser essa moça pessoalmente, o prazer que seria sentar em um café para conversarmos. Obrigado Flávia pela sua beleza literária, obrigado mesmo.
*********
Poderia publicar aqui diversos trechos de textos da Flávia, como "O engolidor de sonhos" que eu amo. "Encontro" que me deixa estático. Mas tem um poema específico que amei ter visto, lido, sentido, encontrado e de certo devolvido. Riso. Então aqui vai um trechinho do poema publicado em seu blog no dia 09 de janeiro de 2009:
***
"Favor Devolver na Rua Tal"
****
"... ruído miúdo
de coração fugitivo que corre e tropeça
sem jeito
num outro peito
num outro peito..."
***
Flávia muito feliz e muito agradecido de você entre nós.
**
Abraço Perfumado

sábado, 18 de abril de 2009

|Leia - veja o novo *2 Zingador e VAN FILOSOFIA!

Dando continuidade à comemoração aos dois anos do Zingador que se dará no dia 30 próximo, onde, intercalando entre novos textos e poesias, estarei republicando textos do passado daqui mesmo do blog. Bem como farei algumas homenagens há uns blogueiros que tocaram meu coração e fazem-me ler mais e mais.
Desde já dou um abraço perfumado bem apertado aos que me acompanham, aos que me lêem e quero vocês por aqui sempre.
**
O texto do passado e sempre novo é:
***
Ser poeta
***
Ver-me poeta. Amar o acaso das palavras: inspiração.
Inspiro o vento das letras e trago-as a contexto,
com o nexo dos meus sentimentos.
Sentir-me poeta. Viver a dor da solidão,
a indexação do sofrimento do mundo,
chorar e não saber ao certo os porquês,
porque ninguém os sabe.
Viver poeta. Olhar no horizonte do tempo,
enxergar a vida, o amor de todo, ilícito ou lícito,
imaginar caldeiras transformadas em ser, inundadas de paixão,
de posologias raras, como todo ser humano.
Ser poeta é falar de amor aos que não entendem,
aos que imaginam entender, aos que vivem, a todos.
Ser poeta é viver o inconstante, é suspirar ao falar de desejo,
de sentimento vasto. Ser poeta é ser, ser sensível.
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E minha homenagem de hoje é para:
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Van Luchiari - VAN FILOSOFIA!
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Olha, tenho lido bastante nos últimos tempos. Virtualmente falando e fisicamente também. Mas é nesse blog que me sinto humano, sensível, sonhador, pegando fogo, ardendo. A Van tem uma sensibilidade peculiar das mulheres, de ser mulher, de ser humana e ser voraz com palavras, sentimentos e desejos. Nossa! Fico sem fôlego diante dessa moça e de sua escrita.
***
E como estou citando, Van peço licença para por um trecho de algo seu:
***
Extraído do poema-texto: DILATADA
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"... e o teu amor derramado em mim. Mudando minha rota para lugares que eu até então desconhecia. Mexendo no mecanismo dos meus ventos. Mergulhando profundamente em tudo o que eu sou. Denso. Teso. Inevitável e imenso feito tempestade em alto-mar..."
***
VAN, muito obrigado por seu emaranhado de sentimentos e palavras.
***
Abraço perfumado.

Parte de mim - o que vira escrita...

Os que me olham, me sentem e me acomapanham

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