quinta-feira, 29 de setembro de 2011

A prévia do dia excluído

Perdeu-se no acaso do não dito, tentou se aconchegar no colo do mundo, mas o mundo, por certo não cabia em si e nele pouco ficava quieto. Algumas palavras tentavam sair de sua boca, mas a confusão era tamanha que tudo se embaralhava e mal murmurava coisas desconexas. Perdeu-se no acaso do ser só e não tentou se aconchegar mais em lugar nenhum. ‘Nature Boy’, naturalmente contemplado e contemplando, ‘... Um estranho e encantador rapaz... ’, sabido por demais, pensando por demais e passando por demais as coisas, os escritos, os dedos sobre a superfície árdua e bela da vida, como um armário antigo de madeira cheio de poeira e com a ponta, não menos e não mais que a ponta do dedo indicador, retira a poeira e deixa aquele caminho perdido, de não chegar a lugar nenhum, apenas indicar que ali, bem ali, existe um mau zelo, um descuidado com tudo. Não necessariamente confuso, ainda, observa as gaivotas que sobrevoam o mar, os barcos e mergulham e pescam, perde-se até, vendo aquilo, imagina-se leve, fluido, pairando sobre tudo e todos e de certo, o era, o é, afinal, sabe do amor, mas sabe do amor numa profusão de tanta coisa, que por isso se perde, acha-se, engana-se e ama, como todos, como tudo. Porque amar além de tudo, também é confusão, choro, dor e silêncio.

Parte de mim - o que vira escrita...

Os que me olham, me sentem e me acomapanham

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