sábado, 12 de novembro de 2011

Intervalo – Tesoura, estado e concerto para piano.


Correu para o abraço perdido há anos, percebeu que sua única chance passava ali, estava ali, vivia ali e por um instante que fosse, qualquer, o abraço poderia sair de seu alcance.
Pôs todas as plantas ao sol. O astro não surgia assim há semanas, as plantas estavam molhadas demais, por isso as guardou, mas agora era a hora, o dia, o sol.
Madagascar é tudo que sempre sonhei. Um território inundado de beleza. Talvez o lugar mais lindo que estive, guardando suas peculiaridades, mas me sinto feliz em Paris, é nesta cidade-estado-de-espírito que meus pensamentos vivem e morrem férteis.
Porque parte de mim é mar a outra é ar. Porque parte de mim delira enquanto a outra pensa. Mas principalmente porque uma parte de mim sou eu e a outra também.
Pegou o dia, vestiu-se de luz, de sol, de vento, andou como sempre, mas estava mais sabido de si, trocou-se ao entardecer, amparou-se na lua, banhou-se de brisa e logo se entregou aos sonhos, límpidos e cristalinos sob a luz das estrelas.
Fragmentos são cacos espalhados sobre o chão, a mesa, a rua, mas ali, bem ali, eram partes do todo, do composto, do infinito de cada um e a mulher, agitada com seus dedos nervosos, trouxe uma inquietude, que por quase uma hora, saí de mim.
Ele falava demais, mas falava tão sujo, tão cheio de palavrões, ele era uma bosta, estava querendo chamar a atenção e conseguiu, por ser tão sujo e grosseiro.
Ingerir álcool nem sempre é a melhor saída para a saída dada ou tomada, enfim. Sofrer de cara limpa normalmente ajuda a entender melhor e no outro dia não haverá ressaca. 

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Parte de mim - o que vira escrita...

Os que me olham, me sentem e me acomapanham

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