domingo, 10 de abril de 2011

Jogo de vôo raso com borboletas coloridas

Onde cabia o se entregar,

Justo tempo de libertar-se,

O amor era muito mais que vento,

Era dia pleno, céu azul e sol de primavera.

Ultima peça do quebra-cabeça, uma imagem qualquer de um pintor famoso, uma taça de vinho refrescando a garganta que trava por conta de um choro escandaloso dentro do seu silêncio. Uma canção invadindo o coração e dando aquela sensação de que tudo parece confuso, dolorido e distante. O poeta disse “o amor é tão curto... o esquecimento é tão longo.”, mas aqui dentro, onde queima esse sentir, que sofre, desespera-se, grita por mais atenção ao mesmo tempo em que se esconde o amor não é pequeno, na verdade não tem proporções. Parecia que tudo entraria em desuso, que não haveria um novo pulsar, envolvimento de cartas num jogo complicado demais dentro da sua simplicidade. Esvaziando o copo para depois enchê-lo e depois beber de uma só vez e gotas descerem pelo nariz, choro, vinho, dor de cabeça. Perder! Ser jogado fora quando a outra parte não tem coragem de invadir o tempo a dois. Vai, completo idiota do nada, afoga-se nesse teu lago obscuro de ignorância e medo. Cabe-me a dor de estar comigo, de saber que sempre depois da dor vem um prazer incalculável de viver, de ultrapassar linhas imaginárias de uma prisão individual onde não há banho de sol e é esse astro que faz a minha pele lutar, transmutar a feiúra e brutalidade de um casulo e voar lânguido com asas frágeis e beleza singular. O quebra-cabeça era uma analogia ridícula do seu ser, porque eu sempre te entendi e sabia que um dia você me deixaria, mas não por mim, mas por você ser cruel de mais consigo e assim por diante com os outros e comigo, mas eu sempre estive de alma inteira ao seu lado, fui sempre amor, e agora, que ainda o sou, mas não mais por ti, mas por mim, é a parte que me cabe e ela é enorme.

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Parte de mim - o que vira escrita...

Os que me olham, me sentem e me acomapanham

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