quarta-feira, 16 de janeiro de 2013

esmiuçado


Todo pedacinho de olhar que vem de lá pra cá me deixa ouriçado, luzes amarelas emaranhadas no arame esticado sob o céu de algum lugar, qualquer, esvoaçando cortinas, janelas abertas esperando entrar um pouquinho de perfume para inalar e refestelar, pensar-horas-vagas-dedicadas, aquele sentimento, não esse que você pensa, apenas esse que vive, guardado. Um dedilhar de notas canção desenfreada de falar coisa tanta, perder-se no encontrar, mão que toca mão, noite dentro adendo do dia que passou calminho, seu lado, meu lado, brisa fora, beijo dentro, cálice de tinto seco, boca cor de vinho, mais beijinho bebericando aqui cutucando acolá, simples contexto acompanhado.
Não, não sei bem, mas é nela que me perco me acho, ela, toda doce, melando, melada, ah! é nela que me perco.
Sorver o mel que a noite traz... E sou urso, abelha, gente querendo, buscando o mel que alimenta, lambuza, atordoa, apaixona.
Meu nome, Noite, escura como a pele da pantera negra, ofusca caçador, engana traiçoeiro, faz sorrir galanteador. Minha cor, difere dos demais, única, brilha com a lua, resplandece com o sol. Minha boca com mel se lambuza e com ele se derrete. Ah! a Noite!!

Parte de mim - o que vira escrita...

Os que me olham, me sentem e me acomapanham

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