Vasto espaço, largo descampado,
praieira planície sob meus pés, correndo, andando, parado, barcos, balões,
caminhões, pássaros sobrevoando minha cabeça, de tanto te procurar me perdi,
esquinas, vielas, avenidas de um coração tão pleno, desatino cristalino em dias
de sol, quando chove incansável busca não se finda, parte inteira do todo não
se pode esquecer. Meu amor estendido nos diversos varais, quintais, sentado às
portas das casas, passantes olham, não vem ou não entendem, seguem. Estive nos
faróis a fim de te ajudar, deixei rastros de pão, perfume, pedras. Tantas
fogueiras e sinais de fumaça, e aqui dentro tudo queima. L'amour est l'amour et
tout s'installe. Acredito demais, penso demais, vivo demais e nada será capaz
de me arrancar isso. Posso tropeçar, espinhos rasgar minha pele, matas densas
dificultarem que eu entre. Logo, sempre estabelecido, estarei de pé, guerreiro
soberano do sentimento, lanças feitas de poesia, cordas trabalhadas em canção,
espada forjada em perfume e sorrisos, escudo talhado em paixão, armadura de
corações que amam e na alma certeza do ser.
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