sexta-feira, 27 de julho de 2018


Previsão do tempo ou [Os corvos, o espantalho e a plantação]


Veja, eu rio o dia inteiro
Mais caro a minha dor
E todo sacrifício que resvala
Vivi tanto em uma única vida
E vivo, tanto mais

Tem gosto essa vida. Tem gosto variado, às vezes fácil de provar, noutras amargo, queimando ou mesmo causando enjoo como aquele remédio a base de peixe. Tem muito gosto. E nesses dias de julho quase agosto, tenho experimentado de tanta coisa - desde o desvelar dos sentimentos, como pondo outros tantos no canto, esperando a hora certa de colher e lidar com. Tenho sentido dor, venho aprendendo a com-viver com a dor e tantas vezes adormeço chorando. Ultimamente tenho acordado muito, durante a noite, durante o dia. E quando acordo de manhã tenho que revisitar os acordos que tratarei e trato sempre. Às vezes me sinto perdido e quando penso que não pode piorar, perco-me mais ainda. Hoje foi um dia assim. Que dia? Que dia! E quem diria que quando a gente se acha perdido na verdade o agente é a cegueira que criamos. Porque escolhemos ir por aqui e não por ali? Mais cabe e quanto mais cave, muito mais a des-enterrar, mas para plantar, mola mestra do colher, é preciso preparar a terra e o solo do meu corpo, de minha mente carece de trato. Venho tratando com o tempo. Venho conversando comigo, e vou também. E por mais que o lugar onde se quer chegar seja extremamente importante, ando percebendo que o eu que vai chegar, em algum lugar muito importante, é tão essencial quanto ou mais.

Corre e alcança o bonde
O amor eleito é tão, quanto
Me empresta teus ouvidos, teus olhos
E de onde percebo o sim
Só ouço e vejo ou não

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Parte de mim - o que vira escrita...

Os que me olham, me sentem e me acomapanham

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