sexta-feira, 28 de setembro de 2018


Sobre estradas, fendas, costuras e do gosto que fica na memória


Tão real quanto as estradas
São as rachaduras que existem nelas
Não me canso de ver as costuras
Mesmo que ali estejam todas as agruras
Bem como tenho constante necessidade
De esgotas as conversas, as discussões, tudo
Derramo silêncios e considerações
Cada margem da rodovia
Parecem espreme-la
Mas só a faz seguir em frente
Mesmo com todas as curvas, rotatórias, entroncamentos
Sempre amei o estradado
Suas nuanças, seus vazios
Ainda hoje lembro do cheiro que me invadiu
As sensações, o gosto na boca
De estar indo, seguindo adiante.

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Parte de mim - o que vira escrita...

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