Que foi feito de mim?
Realidade ou delírio?
Respiro. Acendo um cigarro.
Tento o diálogo.
O outro fala como se fosse eu.
Invertido.
Fala enquanto pergunto.
Não consigo entender o que diz.
Acabo mais agoniado.
Penso em sair, embebedar, ver gente.
Com um murro quebro o espelho.
Vejo milhares de mim em cacos pelo chão.
Todos trazem um grito
São os sentimentos desesperados
Começo a catar...
Percebo que não posso jogar fora quem sou e reconheço
Meu sangue escorre sobre o pedacinho do medo
Deixo tudo como está
Enrolo minha mão na toalha branca
Quando abrando os pensamentos
Volto para a cama
Percebo que quem via era impressão
Não existe sangue
Mas existe dor
Estar só me assusta
Acendo a luz
Fantasmas não gostam de claridade
Tudo não passa de um sonho que não é.
Tudo isso me cansou.
Preciso dormir.
Amanhã será outro dia.
Recomeço.
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