segunda-feira, 3 de agosto de 2009

Furtivo Encontro

Passou por si, virou-se em mim,

mergulhou no íntimo e foi-se.

Vasculhou meu olhar, não satisfeito...

Tocou-me profundamente e esperou reação...

Não tive saída, suspirei devagar,

olhei nos olhos e nada pude falar,

arrancando-me um beijo demorado,

Fez meu coração em muito palpitar

e o degelo do meu corpo quente em suor.

Voltando a fitar minha íris...

Em mim sorriso consentimento lapidou-se: veneração.

Entreguei-me ao jeito seu de ser.

Abri-me ao desejo pleno, permiti.

Meus pensamentos devaneios tornaram-se compreendidos.

E vesti-me com seu corpo e a geleira não derretia só em mim.

O meu mergulho em sua alma adentrou.

Tocando e vendo nos postos de visão,

o seu desejo rápido e duradouro.

O meu tempo se fez inerte às suas horas,

e nossos corações ritmaram juntos,

no espasmo desse instante,

tão furtivo encontro de prazeres.

2 comentários:

Anônimo disse...

Belíssima poesia!! Esse momento do encontro ancorado num desejo explícito de amboas as partes é realmente mágico... vc descreveu metricamente e ritmicamente muito bem isso!

parabéns!

Márcio Ahimsa disse...

...tão furtivo encontro de prazeres, desses tão almejados e perdidos, esquinas esquecidas, no âmago dissonante dos nossos corações: ah, aqui mora o labirinto das descobertas, onde voa longe, como pluma alva, o branco da inevitável verdade, voa para constelações invisíveis, o brilho inevitável do amor que, agora, é pétala debulhada em beleza, em riso, em harmonia. Tamborila, tum, tum, tum.

Parabéns amigo. Espero que permita-me, pois me permiti intertextualizar teu poema com minha palavras.

Abraços.

Parte de mim - o que vira escrita...

Os que me olham, me sentem e me acomapanham

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