segunda-feira, 7 de fevereiro de 2011

Última Carta

Não te quero mais junto a mim, nem próximo, nem ao largo que eu passe. Distância máxima não existe, o ideal seria que você cavasse um buraco e lá ficasse; não aparecesse ao sol, à chuva, ao vento, a nada. Porque tu és vil, imunda, petulante, covarde, macabra, és simplesmente um horror que não quero ter o desprazer de lembrar depois que eu terminar de escrever esta carta. Quanto à casa que estás, ateie fogo, não quero dela nem o terreno, muito menos o que nele há. Não me mande mais suas contas nem me peça um tostão que seja; não me ligue nem me escreva; não mande recados, nem muito menos pelos teus filhos, que apesar de serem teus, tenho um carinho independente de ti por eles. Deles quero toda a presença, conversas. Com eles eu me entendo. E se te resta um pouco de vergonha na cara, rasga esta carta em mil pedaços e joga ao vento, para que de mim tu também nada tenhas, porque após este ponto final que está por vir, em mim de ti nada mais resta.

Parte de mim - o que vira escrita...

Os que me olham, me sentem e me acomapanham

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