sábado, 17 de abril de 2010

Memória

Memória da pele, do gosto, do cheiro, do gesto. Não há vento sem arrepio, sem expressão. Passada aquela impressão original, ficou a saudade de teu tato, mesmo sorvido por toda uma noite, neste dia que se instaura, a vontade de te ter mais me assola, deixa-me de água na boca. Vem caminhar por esse espaço que é teu, embutir tuas marcas, tua história, tua memória. Faz teu suor lavar minha pele e impregnar teu cheiro, teu gosto. Dos beijos sinto falta, sensação de vazio. Volta, regressa a tua boca a minha, tuas mãos as minhas costas, enche-me de ti, completa-me. Memória do ato, do teu bailar sobre minha cama, de teus pés sobre a minha terra, do teu sentar sobre o corso do amar. Memória de ti, de mim, dos nossos devaneios, de nossa paixão avassaladora. Memória do amor.

Parte de mim - o que vira escrita...

Os que me olham, me sentem e me acomapanham

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