sexta-feira, 4 de fevereiro de 2011

Padrão desapropriado em noite de desuso

Pardo

Vespas sobrevoando cabeças

Ardo

Vento esvoaçando saias

Tardo

Pensamentos consumindo corpos.

Passo arrastando meu corpo já que este não consegue acompanhar a fluidez de meus sentimentos desejos pensamentos e caio deliberadamente em atrapalhes de palavras; de pernas; de braços. Buscava alguma coisa mas foi aí que tudo encontrei nesse nada que continuo vivendo querendo sabendo perdendo fugindo. O dia passou arrastado também sol forte calor supremo meio das pernas, suor escorrendo pelas costa e vai caindo descendo molhando. Nem muitas conversas sem paciência para isso ou aquilo nada muito especial mas momentos simples em que viajava ouvindo músicas coisas de gente louca ou normal a depender do ponto de vista. Saudade talvez lembrança talvez dor talvez amor talvez tanta coisa que não isso e vou indo novamente arrastando o corpo e agora os pensamentos tanto sono mau agouro mau olhado pessoas destrutivas estourado bombas internas e implodindo as energias que sustentam coisas boas. Tudo meio desordenado sem guardar muito o gosto dos instantes na boca língua pele. Prefiro me ausentar sustentar o esquecimento de minha presença aos outros ao mundo assistido partilhado conformado que vive por viver sem saber se come pimentões ou repolho porque tudo vai ficando com o mesmo sabor sem gosto de tão repetido sem ser visto observado. Olho as unhas das mãos e estão todas escurecidas não sei se pelos cigarros viciados ou pelo carvão do churrasco de ontem ou mesmo pelo frango queimado que tentei salvar desfiando. “Yo no sé si es prohibido... Yo no sé si este amor es pecado que tiene castigo...”. E deitado no sofá de onde não saio há horas alias não saio desta casa há pelo menos quatro dias e não houve churrasco nem frango desfiado depois de queimado somente muitos cigarros e nuvem de fumaça não difusa de dor; de pensar repensando naquele amor que ficou dentro como bicho de porco no peito do pé e coça mas coça tanto que é um misto de agonia e prazer e todo humano é um misto destas duas coisas e mais outras tantas que ficam escondidas coçando coçando e vou arrastando meu corpo e os pensamentos e a dor e o peito do pé no chão para coças e sentir agonia e prazer “... Es más fuerte que yo, que mi vida, micredo y mi sino...” e não quero mais falar nem pensar nem sentir só coçar e arrastar tudo eu corpo sentimentos pensamentos desjos e ir ir ir.

Parte de mim - o que vira escrita...

Os que me olham, me sentem e me acomapanham

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