quarta-feira, 11 de fevereiro de 2009

Um dia desses - quando entendemos o que se passa

tinha começado a escrever isso, mas não havia terminado, daí escrevi mais um pouco outro dia, mas acho que só agora entrego pronto


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Agora são outros tempos, já não faço uso das aspirinas que estão sobre a geladeira. Comprei cigarros mais fracos desta vez e uma garrafa de gim. Meus gatos ganharam uma ração nova, pintei a casa toda de branco, mas quero uma textura com cores na sala. Tem luz lilaz em meu quarto. Tenho novas orquídeas na minha coleção, uma catiléia está florindo, amarela, bela. Estou mais tranquilo, durmo melhor a noite e estou mais presente na vida de meus amigos. Comecei a organizar a minha biblioteca e aumentei a quantidade de luz que entra depois de por uma janela maior. Estou querendo um filhote de buldogue francês, acho que será uma ótima companhia para osíres e ramsés, inclusive estou tendo os dois como modelos para minhas fotografias, preciso exercitar, depois que entrei no curso de fotografia.
Estou programando uma viagem, mas ainda não decidi para onde.
Semana passada achei uma vitrola num antiquário e claro que levei para casa e o engraçado é que eu tinha ido ver uma cristaleira, mas saí de lá com ela, a vitrola, umas estátuas de gatos egípcios, dois tapetes persas e três galinhas de angola em tamanho real que coloquei em meu jardim. E falando nesse, está uma coisa linda de se ver e olha que ainda é verão, quando chegar na próxima primavera, vai fazer inveja aos livros que li ultimamente.
Minha avó disse que viria me visitar final de semana que passou, acabou desistindo em cima da hora e eu havia preparado várias coisas para a gente fazer. Eu iria tomar gemada de manhã, adoro a que ela faz, com alecrim fresco. E iria levar ela para comer camarão lá na ribeira, muita coisa para podermos nos divertir, mas me disse que não sabe quando virá aqui. Ontem foi quarta-feira e alguns amigos de infância resolveram aparecer de surpresa - adoro surpresas - chegaram aqui por volta de cinco da tarde, diziam querer comer bode cozido com bastante verduras e pirão - posso como essas criaturas? - e fui eu lá pra cozinha e eles também, por isso sempre quis ter uma cozinha grande em minha casa, para poder receber os amigos nela enquanto cozinho. Sei que nessa estória eles acabaram dormindo aqui, todos bêbados, inclusive eu. Fico muito feliz em ter encontrado amigos tão bons e eles terem permanecido em minha vida desde então. Na verdade, muito deixaram de ser só amigos, tornaram-se irmãos escolhidos como diz alguém que eu não me lembro agora.
Meus pais estiveram aqui no inverno, não entendo porque decidiram vir para o litoral no inverno, poderiam ter se divertido mais agora. Mas vai entendê-los! Mainha me trouxe sementes de algumas ervas que me faltavam e como sempre fica dizendo que não estou me alimentando bem, que isso, que aquilo, ma na verdade sinto falta disso, dela aqui perto de mim. Mas fui eu quem escolhi morar só, não posso me reclamar. Painho adora consertar as coisas aqui em casa e como ainda não tinha feito a reforma, ele se esbaldou, passava o dia ajeitando aqui, ali. Mas nos domingo a farra estava montada, eles adoram cerveja e festa em casa, então alguns amigos vieram - aqueles gaiatos que adoram a comida de minha mãe - e era uma festa só. já estou com saudade deles. Acho que irei passar por lá quando decidir viajar.
O tempo vai passando e eu vou envelhecendo bem, creio que tenho uma vida espetacular, tenho meus pais, minha avó paterna, bons amigos, meus lindo gatos, em breve xavier - o nome do buldogue que irei comprar - adoro tudo isso na minha vida. Amo esses detalhes todos.

10 comentários:

Hecton P.Domingos disse...

Detalhes mesmo. É fascinante como nossas vidas as vezes passamos sem perceber os detalhes que nos cerca, que nos fazem ser quem somos.

Um Belo Texto e Obrigado pela visita, volte sempre.


Um Forte Abraço.

Danúbio disse...

São detalhes pequenos como esses que tornam nossa vida suportável. Lendo seu texto dá uma vontade de sair por ai catando coisas novas para substituir outras já velhas, já surradas, depois de tanto escuro, tanta amargura. Deveria haver um refil pra gente, só trocar e ai a gente fica novo, recomeça tudo. Fabuloso seu texto, valeu pelo tempo que ficou crescendo.
Abraços

Bárbara Stracke disse...

estava falando sobre detalhes ontem... cada um enxerga o que quer.

Mas uma observação.
Não compre o Xavier... adote-o, será um Detalhe maravilhoso em suas próximas anotações.

pq amigo não se compra, neah?!

bjz

Zingador disse...

Verdade Bárbara, adotar seria melhor.

Belen Bianco disse...

No soy buena con el idioma, pero ahora hago el esfuerzo de entender para poder leerte. Gracias por pasarte por mi blog, un gusto y un honor.
Saludos.

Anônimo disse...

Te admiro cada vez mais, admiro a pessoa que és.
Tem selinho pra vc lá no Divã
beijão

Roberta Albano disse...

Várias coisas que eu jamais teria percebido através das poesias
características do escritor
as vezes é bom escrever longos textos mais explicados
=)
ps.: você é baiano?

:.tossan® disse...

ainda o silêncio
ainda o vazio das palavras
ainda a dor de um amanhã mudo
sem a luz de um olhar
sem o raiar de um sorriso
ainda um céu cinzento sobre a cabeça
o sol brilha por toda a parte
a parte que me cabe perdeu-se

e o autor desta também não sei...

Abraão Vitoriano disse...

tem uma coisinha pra você no meu blog...
e quanto ao texto, como consegues ein?
abraços!

Roberta Albano disse...

Eu li o exo do perfil mas não reparei nisso.
Eu nunca ia adivinhar pelas poesias, pq elas nao tem caracteristicas de baiano
=)

Parte de mim - o que vira escrita...

Os que me olham, me sentem e me acomapanham

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