Sob o som de Tacea La Notte Placida (II Trovatore) - Maria Callas
Quanto de ti ainda ferve dentro de mim.
Tu nem imaginas, nem passa por tua cabeça.
Entre sabor e desejo, entre escuridão e corpos nus.
Paira sobre minha pele o cheiro de teu suor com a alfazema que usavas.
Era noite, mas entre nós girava um sol caloroso.
Caía a chuva, mas o que nos lavava era a água do exercício.
Existia uma explosão de estrelas sobre nossas cabeças,
éramos naquele instante um iniverso inteiro, mágico.
Não falávamos, lançávamos súplicas de amor eterno, de paixão avassaladora.
A ópera tocando, eu um tenor estranhíssimo, tu, uma bela soprano consumindo-me.
Cortinas recolhidas, nada nos escondia de nós mesmos.
Os expectadores aplaudiam a nossa dança, o nosso bailair desenfreado.
Quando então tu deixaste a cena, partiste,
fiquei sem brilho, sem par, sem ser completo.
Agora que ainda encontro-me caído sobre a arena,
percebo o quanto de mim levaste e o quanto de ti deixaste.
Um comentário:
Nossa!
Me identifiquei pacas com isto!
muito bom hein!
massa o blog!
parabéns!
xêro!
Criis
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