sábado, 27 de dezembro de 2008

Sabe o nome daquilo?

] *parte - o que não é todo. [ e mesmo assim é o todo.] Filosofia de quintal.


Quando eu realmente souber o que quero e que não sei que quero, estarei mais tranquilo. Enquanto isso sacudo, reviro, estremeço e inquieto fico.


"Vida, minha vida
Olha o que é que eu fiz
Deixei a fatia
Mais doce da vida...
Vida, minha vida...
Verti minha vida
Nos cantos, na pia
Mas, vida, ali
Quem sabe, eu fui feliz
Luz, quero luz,
Sei que além das cortinas
São palcos azuis
E infinitas cortinas
Com palcos atrás
Arranca, vida
Estufa, veia
E pulsa, pulsa, pulsa,
Pulsa, pulsa mais
Mais, quero mais
Nem que todos os barcos
Recolham ao cais
Que os faróis da costeira
Me lancem sinais
Arranca, vida
Estufa, vela
Me leva, leva longe
Longe, leva mais
Vida, minha vida
Olha o que é que eu fiz
Toquei na ferida
Nos nervos, nos fios
Nos olhos dos homens...
Mas, vida, ali
Eu sei que fui feliz"

VIDA (Chico Buarque, 1980)

2 comentários:

Marina Bártholo disse...

Olá meu caro poeta!!
O treço de Antônio Bivar que me passaste muito me inspirou. Obrigada!
Acabo de descobrir (ao ler seu perfil) que temos o mesmo signo e ascendente!! Por isso me identifico com suas palavras, talvez...
E quanto ao post, penso que é assim mesmo... somos apenas parte, mas uma parte inteira.
Um abraço!

Anônimo disse...

Belo post e belas palavras:
"Enquanto isso sacudo, reviro, estremeço e inquieto fico" adorei.
Feliz 2009 :)
bjos

Parte de mim - o que vira escrita...

Os que me olham, me sentem e me acomapanham

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