domingo, 21 de dezembro de 2008

Parte do todo - um pouco do que resta


Ando pensando muito mais que o de costume. Ouvi um amigo dizer, após ter visto um casal de velhinhos, que tinha medo de chegar aquela idade, que gostaria de morrer antes. Acabei voltando a esse assunto dentro de mim e hoje, andando de ônibus, olhando pela janela - algo que amo fazer - decidi escrever sobre isso.




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Um olhar sobre o futuro.


Como estarei, como serei e até onde chegarei?


Os lugares que quis ir, terei visitado?


As pessoas que desejei terei conquistado?


Os passos dados em falso repercutirão?


Não sei, não sei.


Sei que levo a vida do jeito que gosto.


Tudo bem que algumas coisas poderiam ser diferentes,


Mas sou feliz, bem feliz.

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Ao passo que vivo, me pergunto constantemente quem sou e o que quero para o resto de minha vida. Não me vejo tão longe de onde estou, ainda, mas consigo me projetar em cenas bem peculiares. Das coisas que mais clamo na vida, acho que a mais importante é o amor, isso porque acredito que ele acaba sendo o veículo condutor de tranquilidade na realização de muitas outras coisas. Das tomadas fílmicas que me vejo, uma, bem poética e não menos real, estou eu sentado num fim de tarde na varanda de uma casa simples, com uma xícara de café com a fumaça subindo. É um período frio, escrevo num caderno feito por mim mesmo, como os que já faço hoje em dia, com papel reciclado. Não é uma poesia que escrevo, mas um romance, mas não consigo desvendar o que é, pois então estragaria a novidade. A vista dessa casa há um belo jardim, onde eu mesmo cuido, planto flores muitas e diversas ervas, as quais utilizo para cozinhar e fazer chás. Perto de mim estão os meus gatos e que não são poucos, deitados se lambendo pelo chão, outros brincado com bolas de linha, outros dormindo. Como em todas as tardes, muitos passarinhos estão pelo local, sobre o telhado da casa, pelo jardim, em cima das árvores e sobre os dois pés de acácia que estão floridos. Tem sabiá, pardais, rolinhas-caldo-de-feijão, cardeais, dentre muitos outros.

A grande dúvida que ronda meus pensamentos quanto a cena ora apresentada, é que tenho certeza que tem alguém dentro de casa, mas não tenho noção exata de quem seja, se é meu amor ou alguém que me ajude nos afazeres domésticos. Mas como, assim quanto ao que escrevo não deva ser descoberto agora, creio que seja meu amor, que esteja assando o bolo de laranja com alecrim que cheira de forma magistral.

Não tenho medo do futuro, pelo contrário, tenho uma ânsia muito grande por tudo que ele me trará e é por isso que me policio para não sofrer por antecipação, o que é um grande mal.

Acho que me basto por aqui, afinal não sou nem um vidente para prever tantas coisas, mas findo aqui deixando bem claro que o que seremos é resultado do que fizemos no passado e o que estamos fazendo agora. Não importa onde estejamos, mas sim quem somos, porque é do amor de dentro que emanamos força para viver aqui fora.

Um comentário:

*** Cris *** disse...

Olá,td bem?
Lindo post Zingador,sabe,pouco penso navelhice,amo muito o hoje,mas sei que é algo inevitável e e quero que seja inevitável mesmo,sinal de que estarei lá para viver.
Bjs!

Parte de mim - o que vira escrita...

Os que me olham, me sentem e me acomapanham

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