quinta-feira, 10 de dezembro de 2009
Amor meu
domingo, 22 de novembro de 2009
Dragão da Proteção
Mordeu minha insanidade voraz.
Bateu em meu corpo,
expulsou alguns demônios
e deixou outros necessários ao meu equilíbrio.
Levou-me num voo rasante
e fez com que eu enxergasse o feio e o belo.
Feriu meu ombro e fez o sangue escorrer,
salientou que era para meu bem,
depois cravou uma marca em cima do ferimento.
Não doeu, não chorei.
Acreditei, acredito.
Fez-se em mim
meu anjo dragão,
protetor do meu corpo, da minha mente
e da minha respiração.
segunda-feira, 2 de novembro de 2009
Coação
Querem possuir o meu tempo.
Querem abafar meu grito,
trancar-me em casa,
querem destituir minha tranquilidade,
acordar meu sono,
fazem com que eu tropece,
que eu amoleça,
querem amarrar minhas mãos,
não permitem que eu veja,
quando falo não sou escutado,
querem me punir de algo,
dizem que sou culpado,
que sou um agitador,
que não tenho direito algum sobre sentimento qualquer,
que não posso sentir nem raiva e nem ódio,
não tenho direito de resposta, de defesa, de nada.
Querem que eu fique vivo, que eu sofra, que veja o amor morrer.
Mas eu resisto, eu luto, debato-me, esperneio,
porque o meu direito de sentir, de viver, esse ninguém pode tirar.
sábado, 24 de outubro de 2009
Prelúdio em sol do dia
Sabido do novo tempo
Entrego meus ouvidos ao piano
Prelúdio em doses, em escalas
Aquele veneno já não investe mais
Vento brando
Entre cristais e ametistas dependuradas
Tocando ao sabor
Notas do poema perfeito
Gotas de música
E eu queria sair por esse feixe
Passaria por entre ruas, becos, casas
Desceria em capricho aos sonhos
Entre o sono que desperta
Sopraria palavras ternas
Acalmaria os meus e os teus sentidos
Aninhava-me aos teus braços
Sorveria teu gosto dormido
Amaria os detalhes, o ressonar
Lágrimas cairiam por uma felicidade plena
Teu sorriso consentimento
A paixão se entrelaçando
Ao teu despertar lento e despreocupado
Ao puro desejo trazido durante o sono
a realização da entrega
As escalas se agitariam
Do suave a consumição
Dança deitada
Mãos que percorrem teclas, braços, pernas, sexo
Ouvidos apurados
Arrepios, deslizando notas
Brotando som
Entre sol, certo lá
E tudo raiando, jorrando
E eu não mais voltaria
Estaria sempre ao teu lado
Como música do dia
quarta-feira, 7 de outubro de 2009
Um certo varal
Portas abertas.
Coração tranquilo.
Espírito complacente.
Estou leve, solto...
Desatei os nós e os laços.
Folguei a gravata, sem cinto.
Sentindo, respirando.
Nada de entraves, suspiros, revolta.
Permitindo, permissivo, permitido.
Palavras poucas, ouvidos apurados.
Pés descalços, mãos de palmas para cima.
Tempo presente,
futuro compassado.
Música ambiente: jazz.
Tarde morna, noite agradável.
Recostado, a vontade.
Certo da espera,
sigo em liberdade.
terça-feira, 22 de setembro de 2009
Bienal, Antologia Beco do Crime, Beto Canales
sábado, 12 de setembro de 2009
canto do olho
partiu-se àquela corda,
voou pedaços de tudo,
coisas tantas esquecidas, outras largadas.
O inverno esquentou.
Sabe o final de tudo?
Eu não sei,
quem saberá?
Foi-se.
Perdeu-se.
sábado, 5 de setembro de 2009
Beirut - melhor ouvir o CD
segunda-feira, 31 de agosto de 2009
Revolta
domingo, 23 de agosto de 2009
Boa tarde
Quero ver teu sono, teu pranto, teu sorriso.
Amálgama minha, deleita-se, deita-se sobre meu corpo,
estarrece-me em gozo, unta-me com teu suor,
deixa-me saborear a força que emana do teu peito,
prende-se aos meus pêlos, aninhando-se em meus braços.
Brigando vou com o vento que lambe o teu rosto.
Brisa leve que uiva em meus ouvidos,
sussurrando-me palavras ternas e doces.
Amo tua voz, teus lábios, tua sinceridade constante.
Louvo-te sempre, acalenta-me todo, valorizo nossos segundos,
vivo-te agora, quero-te ao longo do saborear, do prazer recíproco.
Vou-te sempre e quando não houver mais amor carnal,
seremos almas amigas, contemplação.
terça-feira, 18 de agosto de 2009
amor tempo
Todo o tempo do mundo.
O amor de todo.
Adiante Passado
Veloz Constante
Cortante Charmoso
Análogo Viajante
Viciado Vigoroso
Relutante Conjugado
Individual Cego
Coeso Incompreendido
Permissivo Carregado
Vazio Dormente
Curativo Abrasivo
Latente Inteiro
Todo amor do mundo.
O tempo todo.
segunda-feira, 10 de agosto de 2009
Contemplação
O seu beijo me marcou profundo.
Eu não esperava que você me beijasse...
Mas me entreguei sem medo, me cedi.
Doei-me ao doce desejo puro.
Todo o meu consentimento reduzido a um beijo teu.
Uma frase tu me disseste e estremeci, senti-me quente.
Tão verdadeiras as minhas palavras que te falei aos olhos límpidos.
Deixo-me ao teu tempo, preservo e respeito o teu próprio peito,
que afagou as minhas costas.
As tuas mãos adormecem-me a pele.
O cheiro que de ti exala enaltece-me,
sugere-me próprio odor de madeira áurea.
Manso o teu jeito de me dizer que te olho sem parar.
Mas teus olhos me encantam, luz que brilha, ilumina e não ofusca.
Ressalvo-te imensa agonia livre das horas que fico sem ti,
que sonho incessantemente em ter novamente o teu olhar junto ao meu.
Quiseras tu, mesmo depois do teu tempo, estar junto a mim.
Quero assim realizar meu sonho,
num tempo hábil de nós dois,
ter o teu beijo pleno, porque pouco tive,
e já me vi feliz, imagino o mais.
segunda-feira, 3 de agosto de 2009
Furtivo Encontro
Passou por si, virou-se em mim,
mergulhou no íntimo e foi-se.
Vasculhou meu olhar, não satisfeito...
Tocou-me profundamente e esperou reação...
Não tive saída, suspirei devagar,
olhei nos olhos e nada pude falar,
arrancando-me um beijo demorado,
Fez meu coração em muito palpitar
e o degelo do meu corpo quente em suor.
Voltando a fitar minha íris...
Em mim sorriso consentimento lapidou-se: veneração.
Entreguei-me ao jeito seu de ser.
Abri-me ao desejo pleno, permiti.
Meus pensamentos devaneios tornaram-se compreendidos.
E vesti-me com seu corpo e a geleira não derretia só em mim.
O meu mergulho em sua alma adentrou.
Tocando e vendo nos postos de visão,
o seu desejo rápido e duradouro.
O meu tempo se fez inerte às suas horas,
e nossos corações ritmaram juntos,
no espasmo desse instante,
tão furtivo encontro de prazeres.
domingo, 26 de julho de 2009
Energético
Por todos os cantos do mundo.
Por este céu.
Pelos caminhos que um dia busquei e hoje sigo.
Por aquelas canções que eu cantei batendo no peito.
Pelas cachaças da vida em que chorei as adversidades.
Eu não permito me abater.
Porque eu sou mais eu.
E minha energia emana, boa.
sábado, 18 de julho de 2009
Paralelas
sábado, 11 de julho de 2009
disposto
Eu quis dizer, quis pronunciar verdades, carinhos.
Peguei papel, caneta, tentei escrever, mas não vinham.
Então abracei, encostei meu corpo, e deixei que minh'alma falasse.
segunda-feira, 6 de julho de 2009
Antologia Beco do Crime
A Janela do Segundo Andar Kássia M. A Morte é Cinza Alexandre Coslei A Terceira Lei Josué de Oliveira Até Logo, até Breve Alexandre Gazineo Balas ao Luar Oscar Bessi Benfeitor Plínio Gomes Cinzas Márcio Renato Bordin Como se Fosse da Família Marcos Almeida Condenado Renato Cassaro Impasse do Desejo Vanise Macedo Maria Laica Fabiane Guimarães Livre Arbítrio Beto Guimarães Na Mente do Psicopata Yubertson Miranda O Amor por Ester Raphael Montes O Desafogo do Aprendiz L. C. Lima Parceiros Giselle Sato Pesadelos Cisticerco Quem Matou o Tio Quim Valdeci Garcia Replicante Denise Ravizzoni Sociedade Danilo Faria Surto Beto Canales Viuvez Paulo Mota
sábado, 4 de julho de 2009
Frivolidades
Coisas tantas estão à nossa frente.
Basta observar, apalpar.
Beijinhos, toques despretensiosos ou não.
Um vento calmo rondando meus pensamentos.
O dia por si só passa e basta.
Porque eu ciente de tudo: vivo.
Uma xícara de café instantâneo com leite.
O despertar morno, devagar.
A noite se debruça e foge.
Aquele olhar que diz.
O sorriso cheio de certeza.
Sem marcações, ensaios ou rascunhos.
O leve passo que marca.
o caminhar junto.
O largar dos corpos.
E o céu se cai em sonho, em realidade.
sábado, 27 de junho de 2009
Mel, conhaque e desejo
sábado, 20 de junho de 2009
Pululantes
Torrentes de desejos estavam circulando por ali. Existia uma vontade maior que a própria razão. Mas ainda não haviam chegado às vias de fato. Por enquanto, entre goles de uísque e azuis baforadas de cigarros, apenas algumas conversas, amenidades do dia-a-dia de suas vidas. Mas a qualquer momento haveria um estouro, uma concentração tamanha de hormônios, que faria a lava explodir e escorrer para fora dos dois. A carne sedenta de contato, a boca salivando, os olhares
domingo, 14 de junho de 2009
Uma imagem viva
segunda-feira, 8 de junho de 2009
Sonho de primavera
domingo, 31 de maio de 2009
Assim
Como o novo.
Prazer em se ouvir a voz.
Medo de se aproximar.
E vem uma vontade enorme de ver.
E a música que ouço sem parar diz:
"... sonhando com você, sonhando em te rever...".
E vivo nesta busca incessante por você,
para te mostrar o quanto te gosto,
o quanto te entendo e necessito
e o quanto posso te fazer bem.
Inconstante o tempo passa me minha mente:
penso em você ou penso em você?
segunda-feira, 25 de maio de 2009
Desejo
Ações que invadem o corpo.
Pensamentos que transmutam o pensar.
Palavras que saltam à boca.
Olhar que perfura paredes.
Sonho que paira o real.
Riso que sossega o íntimo.
Língua que atenta o beijar.
Conversa que instiga declarar.
Distância que almeja aproximar.
Nome de pronúncia, soletrar.
Noite que se finda clara.
Dia permanece a se ver.
Sono para sempre estar.
Cigarros para ver tragar,
chance de a sós ficar.
Tempo curto só prolongar.
Silêncio tolo para confundir.
Perguntas para sem resposta ficar.
Assim sempre o ir até o voltar.
terça-feira, 19 de maio de 2009
Eu e os cinco
Sempre fui anunciada por eles como a menina de voz forte e marcante. Em cada apresentação um deles se encarregava de lançar meu nome depois dessa maldita frase. Ruy, Pedro, Luiz, Carlos e Armando. Eles tocavam um blues e um jazz muito peculiar, cheio de ginga, que se ouvíssemos de longe e nesse momento fechássemos os olhos, pensaríamos estar num casebre transformado em bar num certo bairro norte-americano, com muita fumaça de cigarros e muitos negros dentro desse local. Assim os ouvi da primeira vez e nesse mesmo dia pedi-lhes durante o intervalo que me deixassem cantar uma música na segunda parte da apresentação. Depois de se entreolharem me permitiram receosos, afinal não sabiam quem eu era; de onde eu vinha. Subi ao pequeno palco de cimento que ficava no canto do bar e cantei lindamente, sem modéstia nenhuma, a canção Sophisticated Lady que a Billie Holiday interpretou extraordinariamente, e a cada frase que soltava mais as bocas deles se abriam, os poucos expectadores começaram a prestar atenção no quinteto e naquela menina, e eu, ardia em pleno palco. Cantava com todo meu útero, queria deixá-los sem fôlego, sem chão, não foi à toa que os aplausos foram convincentes ao fim da musica. Fui ao bar, pedi uma dose de gim tônica e acendi um cigarro. Algumas pessoas vieram me cumprimentar e eu sentia todos os cinco me olhando lá do palco, tocavam lindamente tentando me fazer prestar atenção, solavam, mas eu nem lhes dava bola. Foi assim que nos conhecemos...
segunda-feira, 18 de maio de 2009
O amor
quinta-feira, 14 de maio de 2009
Outros espaços
sexta-feira, 8 de maio de 2009
Sentir
Pare diante do espelho e pense em um sentimento pro e simples. A feição provavelmente não será alterada. Mas se lembrarmos de algo vivido, sentido, que esteja encharcado, incrustado, chorado, sorrido, certamente algo lindo e esplendoroso irá aparecer sobre a face que se vê espelhada.
O sentir é o que nos faz viver, seguir em frente, pensar, falar, observar, comer, beber, fazer amor. O sentir é a alma, e o coração, é a razão. O sentir é pleno, enquanto o sentimento, ah! O sentimento é só o sentimento, a palavra.
quinta-feira, 7 de maio de 2009
Ali adiante
Os caminhos parecem mais certos, ou pelo menos, não tão tortuosos.
As ideias estão salpicando em minha cabeça.
Um sorriso quieto no canto de minha boca.
A certeza de mais tranquilidade futura.
Nada de afobação, toda a paz enchendo meus pulmões.
Voltei a fazer coisas que me dão extremo prazer.
Quão importante palavras certas, na hora certa!
Renovando a pele, o espírito, o brilho no olhar.
Zingador - vencendo a correnteza.
segunda-feira, 4 de maio de 2009
O amor e a saudade.
sábado, 2 de maio de 2009
Corei
- Como um sorriso que eu solto?
- É e o vento leva.
- Mas será que chega lá?
- Chega e ainda vai sentir o beijo.
- Que beijo?
- Aquele que você pensou.
- E como você sabe?
- Só de olhar pra você deu pra perceber.
sexta-feira, 1 de maio de 2009
Constante
Quero ver seu sorriso.
Quero ver seu.
Quero ver.
Quero.
Quero você ao meu lado.
Sua boca em minha boca.
Seu cheiro inebriante.
Sua agonia.
Sua calma.
Quero novamente.
Novamente quero.
quinta-feira, 30 de abril de 2009
02 anos do Zingador
terça-feira, 28 de abril de 2009
reveRSO
Eu não queria crer em nada, apenas viver, apenas ser.
Comprei uma revista pela sua capa, acabei encontrando assuntos que me interessavam.
sábado, 25 de abril de 2009
[RE] lendo. Sentimento que volta.
Tradução do português para o fracês: Carolina Lopes
quarta-feira, 22 de abril de 2009
|Leia - veja o novo *3 - Zingador e Sabe de uma coisa?
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O texto do passado e sempre novo é:
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Tenha-me
***
Entre logo quando chegar.
Feche a porta após passar por ela.
Não fale nada, não gesticule, apenas me beije.
Me tome aos seus braços, me deixe sentir seu corpo, seu calor, seu pulsar junto ao meu peito.
Assim, falarás ao meu ouvido, olharás nos meus olhos.
Podes me ter, estou aqui, entregue.
Amando.
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E a homenagem de hoje é para:
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Flávia Brito - Sabe de uma coisa?
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sábado, 18 de abril de 2009
|Leia - veja o novo *2 Zingador e VAN FILOSOFIA!
Desde já dou um abraço perfumado bem apertado aos que me acompanham, aos que me lêem e quero vocês por aqui sempre.